Na brincadeira a criança explora, conhece e cria o seu mundo inteiro. O desenvolvimento infantil envolve vários aspectos: físicos, neurológico, comportamental. cognitivo, social e afetivo.
Toda criança deve ser acompanhada pelo pediatra e ter suas medidas antropométricas (peso e estatura) anotadas nos gráficos de referência para sexo e idade que constam da Caderneta de Saúde do Ministério da Saúde. Através destes gráficos é possível avaliar se o crescimento está dentro da normalidade ou se está acontecendo algum desvio na curva, como diminuição da velocidade de crescimento.
Após esta aferição realizada em cada consulta, o pediatra percebe o canal de crescimento desta criança e ficará atento às modificações. Importante ressaltar que uma medida isolada tem pouca validade, pois o ideal são as sequenciais.
No primeiro ano de vida a criança cresce 25 cm por ano. De 1 a 2 anos, cresce 12 cm por ano, e de 3 a 10 anos a velocidade é mais lenta e constante, de 5 a 7 cm por ano até o início da puberdade. Nesta fase, ocorre o que costuma-se chamar de estirão de crescimento.
Desenvolvimento é o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. É um processo dinâmico com mudanças nos aspectos físico, social, emocional, de linguagem e cognitivo. O diagnóstico precoce dos atrasos do desenvolvimento é importante para o melhor prognóstico, pois quanto mais cedo ocorre a intervenção, melhor o resultado. O papel do pediatra é fundamental no acompanhamento do desenvolvimento e diagnóstico precoce dos seus desvios.
Em cada consulta, o pediatra deve ficar atento aos marcos de desenvolvimento de cada faixa etária. Muito importante também é a escuta ativa da família. Muitos pais percebem sinais sutis de atraso do DNPM ( Desenvolvimento Neuro- Psico- Motor ), chegam repletos de dúvidas e receios. É nosso papel tranquilizá-los, porém, nunca retardar uma avaliação especializada que possa fazer um diagnóstico precoce com maiores chances de tratamento e melhora no prognóstico.
Existem várias escalas de desenvolvimento que são utilizadas para na rotina clínica para triagem diagnóstica.
É de extrema importância que se faça um diagnóstico preciso sobre o desenvolvimento infantil, para que não ocorram as consequências indesejáveis do rótulo de “doença” (alterando a forma com que os outros interpretam e tratam a criança e afetando sua auto-imagem) ou que o diagnóstico seja “indutor” do problema.
Novos e velhos problemas emocionais, comportamentais e de desenvolvimento infantil:
Tiques, manias e cacoetes
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
Transtorno de conduta ou Transtorno Desafiador de Oposição (TOD)
Fobia Escolar ou Fobia Social
Transtorno de ansiedade generalizada
Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC)
Depressão infantil
O diagnóstico e a abordagem terapêutica são interdisciplinares. Após a confirmação do diagnóstico, como pediatra, temos o papel de coordenar e gerenciar o cuidado com a criança.
Queremos cuidar dos seus filhos aliando pediatria ao cuidado dos pais.